domingo, 2 de maio de 2010

Crash - No Limite

Creio que posso afirmar que esse é um dos melhores filmes que já vi. Passei a acompanhar mais de perto os indicados ao Oscar após o ano em que esse filme ganhou. Foi um ano realmente promissor. Não apenas por Crash, mas os indicados eram todos realmente muito bons.

O filme foi dirigido por Paul Haggis, conhecido por ser roteirista do também premiado Menina de Ouro e de Cartas de Iwo Jima. Se não me engano, esse foi o primeiro trabalho de Haggis como diretor e fez um ótimo trabalho. Quando assisti ao filme, não consegui desprender meus olhos da tela. É inebriante, mágico, sensacional. *-*


De início, a história é meio confusa. Imaginei que fosse um clássico filme hollywodiano e fui logo procurando os personagens principais, os mocinhos e os bandidos. A verdade é que o filme não possui protagonistas. Cada personagem tem papel de peso para o entendimento da história e os mocinhos e os bandidos confundem-se durante o enredo. De fato, o filme mostra que todos somos um ou outro dependendo do momento. Cada situação é única e nos faz agir de uma forma. “Você acha que sabe quem você é? Você não faz idéia.”

O filme começa mostrando uma batida de carro. Daí já começa a fazer sentido o “Crash” do título. E então, retorna num big-flashback as 36 horas que antecedem a batida. Começa um filme que joga na cara das pessoas o preconceito que existe na Los Angeles e, na verdade, em qualquer canto que se vá. Preconceito contra brancos, negros, árabes, persas, mexicanos, chineses e tudo o mais. Mostra a hipocrisia das pessoas ao lidarem com esses preconceito e umas com as outras. Nesse ponto, o “Crash” já passa a ter outro significado. É o conflito que enfrentamos a cada dia ao lidarmos com as diferenças.

Então, o mini-flashback-gigante começa com o roubo do carro de Jean Cabot (Sandra Bullock) e Rick Cabot (Brendan Fraser) por dois bandidos negros, Anthony (Chis “Ludacris” Bridges) e Peter (Larenz Tate). Esse roubo é o estopim para uma série de coincidências que envolvem as demais personagens na rede de preconceito citada. A rede envolve, além dos personagens citados, um casal persa, um mexicano e sua filha, um policial novato e seu veterano racista, um diretor de cinema e sua mulher, dois detetives de policía (um negro e uma porto-riquenha), entre outros. Uma das cenas mais lindas, emocionantes, que já vi foi a cena em que a menininha vai tentar salvar o pai. Belíssima cena. Quem quiser ver, está aqui.

Prêmios? Bom, essa lista é grande... Fora as indicações que o filme recebeu, mas não levou, Crash ganhou três Oscars (Melhor Filme, Melhor Roteiro Original e Melhor Edição), dois prêmios no BAFTA – British Academy of Film and Television Arts -(Melhor Atriz Coadjuvante – Thandie Newton – e Melhor Roteiro Original), dois prêmios no Independent Spirit Awards (Melhor Filme de Estréia e Melhor Ator Coadjuvante – Matt Dillon), o Prêmio David Di Donatello (Melhor Filme Estrangeiro), o Prêmio Edgar (Melhor Roteiro Cinematográfico) e o Grande Prêmio Especial, no Festival de Deauville.

Fica aí mais uma indicação, apesar de eu ter certeza de que desse filme a maioria já ouviu falar.
Como de costume, deixo o trailler.
É... people, man... people!...

4 comentários:

  1. É inebriante, mágico, sensacional. *-* quantas qualidades metafisicas xDD as linhas de histórias se encontrando são ótimas mesmo a cena do carro explodindo até na hora de ser salva menina da xilique que especie doida... tem q fazer dna menininha alem de branca é a prova de balas deve ser filha do Coisa ou do Clark Crente... heroi ou vilão so depende da ocasião mesmo...

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. crash pode ser tambem das linhas de vida se chocando...
      gostei muito excelente review e filme ^^

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  2. e eu vi que era bala de festim so pra constar u,u

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